O recente evento Agrishow 2023, que já foi assunto aqui na semana passada, movimentou cerca de 13,2 bilhões de reais em negócios, ultrapassando em cerca de 10% o valor de negócios gerados em 2.022, segundo relato do portal G1 de notícias do dia 05/05/2023. Ainda, segundo divulgado pela mesma agência, eventuais rusgas entre a organização do evento e o Ministro da Agricultura já tinham sido completamente superadas.
Após a boa notícia do recorde de negociações agrícolas geradas na feira, na mesma semana a Folha de São Paulo divulgou dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que geram uma certa animação. Em 2.022 o instituto verificou o menor nível de desigualdade social desde 2.012. Essa melhora, medida pelo índice de Gini, foi atribuída pelo aumento dos valores do Auxílio Brasil e geração de empregos, de maneira resumida. Logicamente, o caminho da igualdade econômica e social é uma trilha longa e requer ainda um bom caminho a ser percorrido em nosso País. Caminho esse que passa por desenvolvimento nos setores de educação, saúde, segurança pública e distribuição de renda. Esse mesmo estudo do IBGE apontou que “o 1% dos brasileiros mais ricos ganharam o equivalente a 32,5 vezes a renda da população mais pobre”.
Além dos programas governamentais de distribuição de renda, precisamos de estratégias concretas de educação e qualificação, para que o cidadão possa conquistar sua própria dignidade e independência para andar por suas próprias pernas. As “startups” agrícolas têm se mostrado importantes geradoras de emprego e de inclusão social e podem contribuir para essa mudança. De acordo com um levantamento do SEBRAE, mais da metade dos negócios desse segmento tem mais de 10 colaboradores. “Quando comparado com a média de empregos de todos os pequenos negócios, a força das startups do agro fica mais evidente ainda. Enquanto 52% delas têm mais de dez funcionários, 14% das MPE apresentaram o mesmo quadro no terceiro trimestre de 2022”, segundo Carlos Melles, presidente da entidade.
