Solo biologicamente equilibrado produz mais

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Com um consumo da ordem de 43 milhões de toneladas, os fertilizantes no Brasil ocupam papel importante no desenvolvimento das lavouras, especialmente nas de milho, soja e cana de açúcar, as quais consomem 72% do volume de fertilizantes comercializados no país (Portal GlobalFert,2021)

Com base na análise química do solo, que quantifica os principais nutrientes necessários para o desenvolvimento de uma cultura específica, o técnico analisa se um determinado nutriente está com um teor limitante, e recomenda a dosagem do fertilizante a ser aplicado.

Em conjunto com as propriedades químicas, as propriedades físicas dos solos, como textura, estrutura, densidade, porosidade, entre outras, também são bastante estudadas para compreender como podem influenciar na produtividade das lavouras.

Além das frações química e física, as variáveis biológicas são representadas pelos fungos, minhocas, nematoides, biomassa microbiana e atividade enzimática do solo. Recentemente, uma tecnologia desenvolvida pela EMBRAPA-Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a BioAS, usa duas enzimas indicativas da atividade microbiana para aferir a qualidade biológica dos talhões. Por estarem altamente correlacionadas com a produtividade e serem pouco afetadas pela calagem, adubação e degradação, o uso dessas enzimas reflete um histórico do manejo da área.

Diante da nossa realidade de solos tropicais, nos quais a degradação da matéria orgânica ocorre muito rapidamente, devemos sempre utilizar técnicas de conservação do solo, como o uso de plantas de cobertura, plantio direto e reposição de matéria orgânica. A tecnologia BioAS já demonstra que solos com maior atividade microbiana resultam em maior produtividade, mesmo tendo características físico-químicas semelhantes, comprovando que a conservação do solo traz ganhos para o produtor.

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