Emissões de gases do efeito estufa e mudanças climáticas.

Atrás de China, Estados Unidos, Índia, Rússia e Indonésia, o Brasil em 2.021 ocupava o sexto lugar entre os maiores emissores de gases do efeito estufa, com cerca de 2,4 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente liberados para a atmosfera, conforme apontou relatório do Observatório do Clima de 2.023 (disponível em https://energiaeambiente.org.br/produto/analise-das-emissoes-de-gases-de-efeito-estufa-e-suas-implicacoes-para-as-metas-climaticas-do-brasil-1970-2021). Desse total, o mesmo relatório aponta que as mudanças de uso do solo (especialmente o desmatamento e a queima de resíduos florestais) foram responsáveis por 49% do total de gases emitidos. Somente o desmatamento na região Amazônica foi responsável pela geração de 911 milhões de toneladas.

A seguir, aparece o setor agropecuário propriamente dito, com 25% do total de emissões, seguido pelo setor de energia com 18%, e o de resíduos e processos industriais, cada um com 4%. No primeiro, são consideradas as emissões de metano da digestão dos ruminantes, tratamento de dejetos animais, cultivo de arroz irrigado, queima de resíduos da cana e algodão e manejo do solo agrícola.

          Ao somarmos as emissões decorrentes da mudança de uso do solo, com as diretamente ligadas à agropecuária, chegamos a impressionantes 74% do total emitido, que tendem a agravar os efeitos adversos das mudanças climáticas. Levando-se em conta uma expectativa de chegada do La Niña, entre agosto e novembro desse ano, com chances de ocorrência de 70%, espera-se seca para a o extremo sul e excesso de chuvas para o norte, que pode se estender ao nordeste.

Assim, os produtores devem procurar cada vez mais adotar boas práticas agropecuárias, incluindo as que promovam menores emissões. Entre elas, vale mencionar a recuperação de pastagens degradadas, plantio direto, sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta e uso de bioinsumos. E logicamente, manter o seguro agrícola em dia.

 

Créditos da imagem: Freepik / @ArthurHidden

Fontes Consultadas:

https://veja.abril.com.br/ciencia/se-confirmada-la-nina-pode-persistir-por-anos-diz-especialista/

https://globorural.globo.com/entrevista/noticia/2024/06/producao-regenerativa-e-o-caminho-para-o-agro-combater-as-mudancas-climaticas-diz-pesquisador.ghtml

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