Nos últimos dias surgiram muitas. notícias na internet alertando sobre o risco do Brasil se tornar inabitável em um futuro próximo, por conta das consequências do aquecimento global. A origem da apreensão seria uma matéria de 2.020, assinada pelo pesquisador Colin Raymond, da NASA (Agência Espacial Norte Americana), que analisou dados históricos da temperatura de bulbo úmido de 1.979 a 2.017. Essa temperatura relaciona o calor e a umidade do ar para avaliar o estresse térmico causado, pois a partir de uma certa temperatura do ar, precisamos transpirar para regular nossa própria temperatura. Assim, temperaturas acima dos 35o C de bulbo úmido, por mais de seis horas, seriam o limite da sobrevivência humana, na qual nosso suor não iria mais evaporar.
O artigo cita que eventos extremos, com cerca de 1 ou 2 horas de duração, atingindo temperaturas próximas a esse limite, vêm ocorrendo com maior frequência em algumas regiões do planeta, como por exemplo o sul da Ásia, o litoral do Oriente Médio e o litoral sudoeste da América do Norte. Entretanto, o artigo não cita o Brasil, nem que o país ficaria inabitável. Mais recentemente, em uma pesquisa de 2.022 do mesmo autor, ele comenta sobre a complexidade em se fazer previsões sobre o assunto, mas aponta algumas regiões mais suscetíveis a exceder essa temperatura nos próximos 30 a 50 anos. Reforça que a Ásia, o Golfo Pérsico e o Mar Vermelho, o leste da China, partes do sudeste da Ásia e do Brasil podem chegar a esses níveis.
A boa notícia é que o Brasil inteiro não vai se tornar inabitável nos próximos anos, mas é essencial limitar o aquecimento global abaixo de 2°C através da diminuição da emissão de gases do efeito estufa, para evitar os eventos nocivos das ondas de calor e da intensificação dos efeitos do El Ninõ e La Ninã
Imagem criada por IA
Fontes consultadas:
https://mst.org.br/2024/07/24/brasil-pode-tornar-se-inabitavel-em-50-anos-indica-estudo-da-nasa/;